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Experiências extremas sobre duas rodas

A motocicleta é uma alternativa válida ao carro? Não apenas como meio de transporte, mas para viajar, explorar e buscar sua liberdade pessoal? Sim, e é muito mais que isso. Às vezes a paixão por motos é também um sinal do desejo de explorar os próprios limites

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Assim como o carro, cujas origens datam das últimas décadas do século dezenove, a motocicleta passou por uma significativa evolução tecnológica ao longo dos anos. O que resultou em desempenho ainda maior e, ao mesmo tempo, em melhor segurança.

Um dos principais papéis assumidos pela motocicleta, ao menos no Velho Mundo, é de alternativa ao carro como meio de transporte - geralmente por conta de sua capacidade delocomover-se melhor no trânsito urbano ou para evitar as longas filas da hora do rush nas ruas e estradas. Mas a motocicleta nem sempre é apenas uma conveniente alternativa ao carro. O conforto certamente não é um fator a favor do veículo de duas rodas em trajetos mais longos: não importa o quão prática possa ser uma moto, nunca será tão espaçosa ou confortável como um carro. Ainda assim, uma minoria nada insignificante de motociclistas usa suas motos para viagens de média ou longa distância. Para eles, o conforto é claramente menos importante do que a emoção que um veículo como a motocicleta pode trazer. Há um famoso ditado entre os motociclistas: "Quatro rodas transportam o corpo, duas rodas transportam a alma", o que expressa perfeitamente o espírito com o qual muitos motoqueiros sentam no selim. Seu objetivo não é o destino, mas a jornada em si, e a sensação de liberdade que pilotar uma motocicleta pode proporcionar.

E existem também os usos mais extremos das motos, desde corridas em circuitos e as bem mais perigosas corridas de rua até os desafios que forçam as leis da física até o seu limite. Nesses casos, a motocicleta é uma maneira de o homem se testar, em busca não apenas dos limites do veículo, mas também, o que é mais importante, de seus próprios limites. É claro que desafiar a física e a natureza não é novidade nenhuma, mas os recentes desenvolvimentos tecnológicos revelaram a possibilidade de feitos inconcebíveis há apenas alguns anos.

Um exemplo. Examine uma corrida de motocicleta dos anos 1960 e 1970 e compare-a com uma nos dias de hoje. Fora as grandes diferenças nas motos atuais, a primeira coisa que você notará são as diferenças no estilo de pilotagem dos pilotos atuais em comparação ao de seus predecessores.

Atualmente as motos são pilotadas movendo o peso de seu corpo para a direita ou para a esquerda do centro de gravidade do veículo, dependendo de para qual lado você quer fazer a curva. Qualquer um que tenha visto pelo menos uma corrida de motocicleta nos últimos vinte anos já notou como os pilotos tocam o asfalto com os joelhos e também cada vez mais com os cotovelos. Se um motociclista normal na rua pode chegar a um ângulo máximo de cerca de 50 graus, em grandes competições internacionais a inclinação da moto pode ficar em torno de 65 graus. Ao virar, o piloto de fato se encontra com o capacete a apenas alguns centímetros do chão, às vezes a velocidades acima de 250 km/h.

Isso sem falar nas corridas off-road sobre duas rodas, que são talvez ainda mais espetaculares do que corridas de rua. Os pilotos da Motocross e da Supercross constantemente executam saltos que desafiam a gravidade e acrobacias antes de voltar ao solo para prosseguir sua corrida rumo à vitória. As coisas que os pilotos de motocross freestyle fazem são ainda mais extremas, como backflips a mais de 30 metros de altura, tudo sem uma rede de segurança.

À sua própria maneira, a Pirelli também desafiou e superou os limites da natureza. O feito conseguido pela Pirelli em 2009 na companhia dos mais conhecidos jornalistas de motociclismo do mundo entrou agora para a história do motociclismo: um novo Recorde Mundial de Endurance de 24 horas na pista de Nardò, em Puglia, em uma Suzuki Hayabusa 2009, uma distância de 5.135,071 quilômetros a uma velocidade média de 213,96 km/h com um único conjunto de pneus para sport touring ANGEL™ ST, simulando uma viagem de 12 mil km na estrada em velocidade de passeio (80-100 km/h).

Em uma segunda moto, uma Kawasaki GTR 1400 2009, a Pirelli e seus vários convidados estabeleceram mais recordes nessa nova categoria, incluindo um Recorde Mundial de 12 horas cobrindo uma distância de 2.502,873 quilômetros a uma velocidade média de 208,573 km/h. Na última volta, a Kawasaki então pilotada pelo técnico de Experimentação da Pirelli, Michele Corallini, sofreu um problema mecânico no meio da pista. Parar teria invalidado toda a tentativa do recorde. Longe de desistir, o técnico da Pirelli, que aos 54 anos era também o mais velho membro da equipe, forçou a moto por mais duas horas para cobrir os sete quilômetros finais e cruzar a linha.

A equipe técnica da Pirelli participante do evento, incluindo o diretor de P&D Piero Misani e o diretor de Experimentação Salvo Pennisi, acrescentaram assim mais recordes aos que eles mesmos haviam estabelecido em junho de 2000 na categoria A11 em uma Suzuki Hayabusa 2000. A Suzuki Hayabusa 2009 e a Kawasaki GTR 1400 2009 utilizadas foram classificadas em duas diferentes categorias (respectivamente A11 e A12) pela FIM, que atestou seus recordes por distância e duração.

Mais recentemente, o hexacampeão campeão mundial Max Biaggi conseguiu um feito único com a Pirelli. O campeão mundial confirmou sua condição como um extraordinário piloto de testes da Pirelli em um inédito teste de freio sobre uma superfície molhada, cantando os pneus até parar na pista de voo de uma porta-aviões militar sobre asfalto borrifado por bombas d'água a uma pressão de 17 atmosferas.

Tudo aconteceu no porta-aviões da marinha italiana, ‘Cavour'. Ancorado na base naval de Taranto, serviu como uma original pista de testes para apresentar o pneu para sport touring ANGEL™ GT da Pirelli, o adequado sucessor do acima mencionado ANGEL™ ST.

Biaggi acelerou até 100 km/h antes de frear de repente em um ponto predeterminado. Os pneus ANGEL™ GT da Pirelli permitiram que Biaggi liberasse toda a potência de sua motocicleta antes de permitir sua parada total no asfalto molhado. Aprecie o vídeo desta façanha, apenas mais um passo em nossa constante busca por experiências extremas sobre duas rodas:

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