Quando partimos de nossas casas para trabalhar, confraternizar com amigos, parentes, fazer compras ou simplesmente dar uma volta, esfriar a cabeça por algum motivo que for, passamos a fazer parte de um grupo enorme e muito ativo que forma o trânsito. Estando de carro ou moto sozinho, ou junto de vários outros como nós no transporte público, ou a pé, ou de bicicleta, a verdade é que pouco importa como entramos, mas apenas que passamos a integrar um grupo enorme, composto por pessoas diferentes, com necessidades, urgências e momentos tão opostos uns dos outros.
Nossa preocupação é alcançar aquilo que buscamos, preferencialmente da forma mais rápida possível. Isolados nas nossas inquietações e necessidades, deixamos muitas vezes de enxergar o próximo como uma pessoa como nós somos, muitas vezes até com sentimento de raiva, o que é algo extremamente negativo e preocupante. Este tipo de sentimento acaba causando situações perigosas no trânsito, pois deixamos de considerar o próximo como alguém que mereça nosso respeito, que deve ser tratado com respeito e educação. Quantas vezes já não brigamos com alguém por causa de um sinal fechado, ou uma ultrapassagem agressiva. São várias as consequências deste tipo de comportamento, sempre com a mesma causa.
Na busca por ajudar as pessoas a enxergarem o trânsito com todos os seus componentes como pessoas que devem ser respeitadas e preservadas, buscando incentivar gentileza, educação e compreensão, ao invés de agressão, o que resulta em queda no número de acidentes e pessoas que percam suas vidas por isso, ou acabem sequeladas para sempre, a Organização das Nações Unidas decretou em 2010 que o período entre 2011 e 2020 como a Década de Ações para a Segurança no Trânsito em todo o mundo. Esta iniciativa adotada por todos os países membros da ONU teve resultados importantes na preservação da vida.
Quando falamos sobre o Brasil, o País está entre os dez com números mais elevados de óbitos por acidentes de trânsito. Segundo dados da Seguradora Líder, consórcio criado para a administração do DPVAT, em 2019, a cada 15 minutos uma pessoa morre vítima de acidente de trânsito no Brasil. Ou seja, a cada 15 minutos um pai, mãe, irmão, irmã, primo, amigo, namorado, alguém importante e querido por outros, perde sua vida, deixando uma marca profunda e eterna nas pessoas ao seu redor. Esta marca, que com o tempo pode virar saudade, afeta a vida destas pessoas.
Em 2019, ainda de acordo com o relatório anual da Seguradora Líder, foram pagam 40.721 indenizações por mortes. Ou seja, mais de 40 mil pessoas perderam suas vidas no trânsito. Os números por invalidez permanente são ainda mais impressionantes, chegando a 235.456, fora os 77.055 de indenizações de despesas médicas. Estes números, infelizmente, representam aumento de 8% em relação ao mesmo período de 2018. Ou seja, a luta está longe de ser vencida.
A luta continua
Com a luta constante ainda longe de entregar os resultados que todos almejam, as campanhas para consolidação do aprendizado da década anterior, assim como manter na cabeça das autoridades e pessoas o objetivo de reduzir ao máximo o número de acidentes e fatalidades no trânsito das nossas ruas e cidades, devem continuar. A meta é reduzir ainda mais o número de mortes e lesões, em campanhas que clamam os países a não medirem esforços para garantirem a segurança de todas as pessoas sejam elas pedestres, motoristas de carros, ônibus, caminhões, passageiros e muito mais.
O investimento em segurança também é destaque, com novas tecnologias chegando para equipar os veículos e garantir maiores chances de sobrevivência e diminuição no caso de ferimentos, especialmente aqueles incapacitantes. Nestes casos, é claro, as montadoras, assim como órgãos públicos que possuem a responsabilidade de construir e manter ruas e estradas com os mais altos níveis de segurança, devem continuar seus esforços neste sentido. Preocupada e sempre presente neste tipo de discussão, a Pirelli, como não poderia deixar de ser, investe pesado na produção de pneus com o mais alto nível de desempenho, conforto e, especialmente, segurança. Com todos os participantes desta cadeia alinhados neste objetivo, a busca pela redução das mortes e prejuízo social e financeiro será muito mais fácil. E é com este desejo, que todos nós devemos sempre lutar para alcançar, não apenas neste período entre 18 e 25 de setembro, mas em todos os dias do ano.
