Em 17 de dezembro de 2015, o Rio de Janeiro ganhava mais um de seus pontos turísticos: o Museu do Amanhã. A partir de uma iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro, o projeto do museu foi concebido e realizado em parceria com a Fundação Roberto Marinho. A partir daquele momento, nascia um novo ícone do projeto de revitalização da região portuária da cidade, que recebeu o nome de Porto Maravilha. Após quase sete anos, o Museu do Amanhã continua a ostentar sua imponência arquitetônica na Praça Mauá e deixa sempre ativa sua missão de ser um espaço da ciência dedicado a explorar, pensar e projetar cenários para o nosso futuro.
A arquitetura do Museu do Amanhã é o primeiro elemento a encher os olhos de quem o visita. Assinado pelo espanhol Santiago Calatrava, o prédio foi pensado para ter formas orgânicas. Segundo informações oficiais do Museu do Amanhã, as formas são inspiradas nas bromélias do Jardim Botânico. Ele ocupa 15 mil m² e conta com um enorme espelho d'água de 9,2 mil m², 5,4 mil placas voltaicas para captação de energia solar, jardim, ciclovia e área de lazer, numa área total de 34,6 mil m² do Píer Mauá. Outros números também chamam atenção. Para suportar o prédio foram necessários 30 mil metros de pilares submersos. A chamativa cobertura metálica pesa 3,8 mil toneladas. Outro destaque é a cobertura móvel do edifício, na qual as grandes estruturas de aço servem de base para as placas de captação de energia solar e, ao longo do dia, elas se movimentam como asas para acompanhar o posicionamento do sol.
Espelho d'água do Museu do Amanhã – Crédito: Albert Andrade
Curadoria – O Museu do Amanhã conta com uma exposição principal que traz a concepção museográfica do designer Ralph Appelbaum e direção de criação de Andres Clerici. Ela se divide em cinco áreas, a partir dos cinco âmbitos que guiam o museu: Cosmos, Terra, Antropoceno, Amanhãs e Nós. O público tem a possibilidade de viver experiências interativas e passar por ambientes imersivos, tudo com o objetivo de mostrar o impacto do homem no planeta e como poderemos viver pelos próximos 50 anos.
O Museu do Amanhã também se debruça na observação e análises de seis tendências para as próximas cinco décadas: mudanças climáticas; alteração da biodiversidade; crescimento da população e da longevidade; maior integração e diferenciação de culturas; avanço da tecnologia; e expansão do conhecimento. Com isso também consegue estar sempre com conteúdos atualizados, a partir de dados e análises científicas de instituições do mundo todo, além da participação de um time de mais de 30 consultores brasileiros e estrangeiros.
Outro catalisador de conteúdos e exposições que ocupam os corredores do Museu do Amanhã é o Observatório do Amanhã. Ele recebe e distribui informações de outros centros e instituições que produzem conhecimento em ciência, cultura e tecnologia, tanto no Brasil como ao redor do mundo.
O Observatório do Amanhã é também um espaço de promoção de reflexões com realização de eventos, debates, palestras online e todo o tipo de encontro de ideias, além de contar com parcerias importantes, como a Academia Brasileira de Ciência e a International Union for Conservation of Nature (IUCN).
Praça Mauá de frente ao Museu do Amanhã – Crédito: Albert Andrade
Para quem pretende colocar o Museu do Amanhã como destino, a dica é acessar museudoamanha.org.br e consultar a agenda atualizada de exposições. Para os moradores da região portuária, o museu conta com o Programa Vizinhos do Amanhã. Os visitantes cadastrados têm entrada gratuita. Sem dúvida, visitar e manter uma relação com o Museu do Amanhã é uma experiência única, inspiradora e de reciclagem contínua de conhecimento.
